O que a economia colaborativa tem a ver com recursos naturais e meio ambiente?

Vejam como as coisas são curiosas! No último dia 29, antes de publicar meu último artigo (http://evolumebr.blogspot.com/2019/07/posse-ou-acesso-uma-abordagem-do-ponto.html), como de costume, encaminhei o texto para alguns amigos comentarem a respeito.
O grande Diogo Angelo Gonçalves, startup Teleporting (projeto brilhante, diga-se de passagem!), sugeriu que eu incluísse dois pontos:
1)      Explorar um pouco mais o conceito de economia colaborativa ou economia do compartilhamento; e,
2)      Abordar também o tema da sustentabilidade ambiental e econômica.
Sugestões brilhantes! Então, logo me veio a ideia de um parágrafo sobre o primeiro ponto e enquanto digitava o que me vinha em mente sobre o tema; ouvi na Band News FM a divulgação de que o dia 29 de julho, tinha sido o Earth Overshoot Day.
Neste momento, entendi que o segundo ponto sugerido merecia um texto específico.
Mas o que tem a ver este tal Earth Overshoot Day com economia colaborativa? – Bom, vamos lá! A organização Global Footprint Network (www.footprintnetwork.org) é uma organização internacional sem fins lucrativos, fundada em 2003, que publica anualmente um estudo que aponta o Earth Overshoot Day.
A “Ecological Footprint” é a única métrica que compara a demanda por recursos naturais de cada indivíduo, governo e empresas com a capacidade que o nosso planeta tem em renová-los. Ou seja, o Earth Overshoot Day, é o dia em que consumimos todos os recursos naturais que a terra tem capacidade de renovar em um ano, em outras palavras, entramos no cheque especial dos recursos naturais. O maior problema é que a cada ano alcançamos esta data ainda mais cedo e pasmem, mas 2019 foi o ano que ele ocorreu mais cedo em toda a análise histórica!


O fato do Earth Overshoot Day ter ocorrido em 29 de julho significa que a humanidade está usando os recursos naturais 1,75 vezes mais rápido do que o nosso planeta é capaz de regenera-los.
Em suma, o que eu queria com esta introdução era mostrar como a economia do compartilhamento contribui para um consumo mais consciente, assegurando uma maior sustentabilidade ambiental.

Ao adquirirmos um bem, entendemos que há toda uma cadeia produtiva e que consome recursos naturais para produzir aquele bem e, portanto, precisamos maximizar sua utilização, para justificar este custo ambiental. É aqui que entra a economia do compartilhamento, quando decidimos que não precisamos adquirir, desde que tenhamos acesso, podemos usufruir do bem e ao mesmo tempo, maximizarmos a sua utilização.

Luciano Bello
Idealizador e Founder 
eVolume

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